Minha pequena Maby virou estrelinha. Para muitos, pode ser
apenas uma simples cachorra vira lata remelenta, mas para a nossa família e muitos amigos, era
um ser especial. Sempre fará parte da nossa história, porque antes mesmo da
vinda do Mateus Antonio, nosso filho, as pessoas já conviviam conosco (Léo e Mary) e a Maby.
Foto: Em 2012, estava grávida e tínhamos acabado de voltar de uma caminhada
Temos a Nina há anos (perdi as contas), uma gata também amada, que era de rua e se
tornou a primogênita, veio ainda antes da Maby e que Deus a conserve. Em
seguida, veio a Maby, nossa bebê, que passeava para tudo que é canto conosco. Confesso que com o nascimento do Mateus Antonio, talvez descuidei
um pouco dela, porque há prioridades e como humanos, às vezes, erramos.
Mas sempre tivemos o cuidado de lhe dar muito carinho e
fazer com que o seu irmãozinho, Mateus Antonio, a respeitasse. Quantas vezes me peguei dizendo: “Não faz
isso Mateus. Ela é bebê”. “Cuida dela, ela é sua”. “Vai dar comida para a sua
irmã” (risos).
Mateus Antonio com três aninhos já foi capaz de tirar fotos
dela, tudo bem que não ficaram ótimas, mas tá valendo. Demonstra o quanto ele é
esperto e como ela é importante em nossas vidas. Maby conviveu conosco pouco
mais de cinco anos, mas parece até uma vida toda.
Foto: Mateus Antonio tirou a foto neste ano (Quase apaguei, mas achei interessante)
Infelizmente, tudo indica que ela adquiriu cinomose por conta de um descuido, atraso na vacina. Isso me atormenta muito, porque me sinto culpada. Choro muito. Inclusive já pedi desculpas e perdão inúmeras vezes, apesar de não adiantar. Até depois de morta, rezo pedindo perdão. Mas, ás vezes, sinto que era para ser desse jeito, porque há animais que vivem em condições precárias e não morrem, enquanto a Maby tinha um lar cheio de atenção e amor.
Foto: Em uma de nossas viagens, descobrimos que a Maby sabia nadar muito bem. Foi lindo quando ela entrou no rio ao ser chamada...
Foto: Adorava brincar de pegar e rosnar
Gastamos bastante com internação e medicamentos, apesar do tio Chico nem cobrar o que realmente deveria, já que os custos são carríssimos. Dávamos
quatro remédios, comprimidos e na seringa, duas vezes por dia, olha que era
difícil. Ela não engolia, mesmo dando salsicha, comia e cuspia os medicamentos.
O tio Chico falava
para eu me acalmar, até ajudou um pouco, porque um dia ela parecia que ia ter
uma crise e foi se acalmando comigo, quando disse: “O que foi Maby? É a mamãe, fica calma, tô aqui” e ela foi me olhando e abanando o rabinho.
Mas, confesso que eu estava angustiada em vê-la meio dopada, parecendo bêbada.
Já não era a mesma Maby, não brincava tanto e ficava desanimada....
Foto: Ela brincava com o Mateus, mas às vezes, parecia ter ciúmes da gente..Por exemplo, trazia a bolinha pra nós (mesmo sendo o Mateus que jogou) e daí tínhamos que dar para o Mateus jogá-la e pedir para a Maby pegar..
Confesso que não queria e não poderia permitir deixá-la
sofrendo, mas a minha esperança é que se restabelecesse por completo. Até
porque nem o diagnóstico da doença foi conclusivo. Mas, infelizmente ela partiu
em praticamente um mês de manifestação da doença. Para agravar a situação, o problema é que resolvemos
deixá-la de última hora com o Tio Chico, enquanto íamos para um casamento,
assim ele poderia observá-la e verificar o tratamento.
Soube da sua morte, que ocorreu no dia 12 de março deste ano, apenas quase dois dias depois. O tio Chico esperou chegarmos de viagem e meu marido não quis contar enquanto estava trabalhando. O arrependimento da viagem veio de imediato e me desabei em prantos. Mas minha mãe falou que foi melhor assim, que seria pior nos depararmos com ela tendo um ataque epilético e parada cardiorrespiratória, sem poder fazer nada. Ao menos, estava sob cuidados médicos, tentaram reanimá-la. Deus quis assim.
Foto: O que fica é a saudade - Passeio de domingo em família
Mesmo em meio à dor do sentimento de perda eu devo agradecer
e saber ser grata, porque aprendemos muito com ela. Até mesmo o Mateus, com quase
quatro anos de convivência, apesar de ser muito pequeno e talvez não se recorde
dela quando crescer, eu sei que ele aprendeu muito, o amor aos animais, ao
próximo, a responsabilidade, a brincar e muito mais.
Ele ainda é muito novo, se esquecia e dizia que ela estava dormindo na casinha, quando eu perguntava dela. Quando contei que morreu, teve uma hora que disse: “Vamos comprar outro cachorro”. Daí eu perguntei: “Você
não vai sentir falta da Maby?” A resposta foi “Já sei. Vamos fazer uma máquina pra
trazer de volta a Maby. Vou pegar uma varinha mágica e fazer a Maby voltar, né
mamãe?”. Ia ser tão bom se fosse simples assim, mas não é essa a nossa
realidade.
Foto: Uma das visitas na casa da vovó Mil (adorava pq era mimada)
O que sei é que devemos ser gratos porque vivemos muitos momentos
felizes, ao menos, ela não ficará
sofrendo, descansou e nos ensinou o real significado da palavra amor...
Sempre te amaremos!!!
“Quando nós amamos o nosso animal e dedicamos a ele sentimentos sinceros, ao partir, os espíritos amigos o trazem de volta para que não sintamos sua falta. É, Boneca está aqui, sim, e ela está ensinando a esta filhota os hábitos que me eram agradáveis. Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar. Por isso, quem maltrata um animal vai contra as leis de Deus, porque Suas leis são as leis da preservação da natureza. E, com certeza, quem chuta ou maltrata um animal é alguém que ainda não aprendeu a amar”, segundo o filósofo e espírita, Chico Xavier.
“Quando nós amamos o nosso animal e dedicamos a ele sentimentos sinceros, ao partir, os espíritos amigos o trazem de volta para que não sintamos sua falta. É, Boneca está aqui, sim, e ela está ensinando a esta filhota os hábitos que me eram agradáveis. Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar. Por isso, quem maltrata um animal vai contra as leis de Deus, porque Suas leis são as leis da preservação da natureza. E, com certeza, quem chuta ou maltrata um animal é alguém que ainda não aprendeu a amar”, segundo o filósofo e espírita, Chico Xavier.